

A colonização de Ipojuca teve início em 1560, após a expulsão dos índios Caetés e outras tribos do litoral sul de Pernambuco. A partir daí, os colonos puderam migrar para as terras férteis e ricas em massapê de Ipojuca; essas terras são bastante propícias para o cultivo da cana-de-açúcar, o que causou um rápido surgimento de diversos engenhos na região. Entre os pioneiros estavam as famílias Lacerda, Cavalcanti, Rolim e Moura.Quando os holandeses invadiram Pernambuco, já haviam diversos engenhos estabelecidos na região. Este local participou da resistência aos holandeses, sob a liderança do Capitão-mor Amador de Araújo, em uma luta iniciada em 17 de julho de 1645. A derrota holandesa deu-se em 23 de julho de 1645.Dessa forma Ipojuca consolidou-se como uma das mais importantes regiões do Sistema Colonial. Com dois portos - Suape e Porto de Galinhas - além da maior várzea de massapê do Nordeste, Ipojuca fazia parte do triangular comércio colonial; Galinhas ganhou esse nome porque era assim que se se referia aos escravos chegados da África, naquele período.O distrito de Ipojuca foi criado pela lei municipal de nº 02, de 12 de novembro de 1895. A vila surgiu com sede na povoação de Nossa Senhora do Ó e depois foi transferida para a povoação de São Miguel de Ipojuca.Com o Decreto estadual de nº 23, de 4 de outubro de 1890, a sede foi restabelecida em Nossa Senhora do Ó. Há inúmeras controvérsias sobre a data de fundação de Ipojuca, mas, segundo um vigário da freguesia seria no ano de 1596.A origem do seu nome vem do tupi guarani Iapajuque, que significa Água Escura.

Maracaípe: um point muito disputado pelos turistas que visitam Porto de Galinhas é a praia de Maracaípe, também conhecida como o paraíso dos surfistas amadores e profissionais. A praia é formada por uma baía natural que permite ondulações de maior porte, produzindo ondas que chegam até a dois metros. Por este motivo, "Maraca" torna-se o local preferido dos surfistas que se reúnem para disputar campeonatos ou mesmo para aprimorar o equilíbrio sobre as pranchas. Além de ser ponto de encontro dos surfistas, Maracaípe conquista os turistas pela sua beleza natural. A areia branca e batida, contrasta com um belíssimo coqueiral e vários cajueiros que somados ao sol forte da região complementam este atraente cenário tropical.





A ilha do Francês está marcada pelo estuário dos rios Tatuoca e Massangana. A vegetação é rasteira, arbustiva de coqueiros. Em alguns trechos, domina a vegetação de mangue em restauração. A praia é balneável, e, na maré baixa, surgem bancos de areia que enfeitam ainda mais. Já na ilha de Tatuoca, também marcada pelo estuário dos dois rios, a vegetação é de mangue bem desenvolvido, de restinga e arbórea. Em outros pontos, prevalecem os coqueiros.


Ainda para os amantes da natureza, o Parque Natural Estadual de Suape é parada obrigatória. Com uma área de 1.608ha, a reserva é formada por resquícios de Mata Atlântica e pelas águas da Represa da Utinga. Aves e répteis podem ser observados. Já as trilhas na Mata do Outeiro são ótimas para os adeptos das caminhadas. Realizadas num trecho de mata próxima aSerrambi. Com 2,5km de extensão, as trilhas são rodeadas por uma belíssima e heterogênea vegetação que vai das fruteiras até os arbustos.
Um outro roteiro, não menos interessante, é o dos engenhos. A visita às terras do Gaipó é um passeio imperdível. Esse engenho, um dos mais tradicionais de Pernambuco, ficou famoso durante a Revolução Praieira. Em 1848, foi palco de uma batalha em prol da monarquia. Hojem em perfeito estado de conservação, a Casa Grande, de 1863, mostra a opulência em que viviam os senhores de engenho. O casarão é um importante monumento de traços neoclássicos e um típico solar do século XIX.Quem entra na Casa Grande tem a impressão de estar voltando no tempo, por causa das mobílias, louças e cristais, todos originais da época. A Capela foi cinstruida em 1853 e usada para cultos esporádicos. Nela, existem algumas imagens antigas de grande valor artístico. Ao visitar esse engenho, outros atrativos merecem atenção, como o rio Gaipó e o morro Pedra Salada, ponto mais alto da região, onde serão construídos um mirante e uma rampa para vôos de asa delta.O Engenho Canoas também se destaca. Fundado em 1786, pertenceu ao Tenente Cel. Antônio Juvêncio Pires Falcão, líder rebelde da Vila de Nossa Senhora do Ó. É, atualmente, o único da Zona da Mata que ainda fabrica mel e rapadura.
A culinária do município é apuradíssima. À base de frutos do mar, destaca-se a fritada de caranguejo. Para os mais sofisticados, Ipojuca dispõe de um pólo gastronômico para ninguém botar defeito. Os restaurantes têm especialidades diversas que vão desde comidas tropicais exóticas até a tradicional macaxeira com charque, passando por pizzas, crepes, saladas, churrascos e, claro, peixes. Na praia, é fácil encontrar as cocadas de costumes e outras, não tão comuns, como é o caso das de abacaxi e maracujá. Do caldo de cana e do mel nem é preciso falar, mas a geléia de araçá e os licores de frutas regionais merecem atenção e degustação especial.Todos esses atrativos já tornariam esse município do ponto de vista turísticos. Mas o melhor ainda está por vir: as praias. Com trechos em mar aberto e outros protegidos por arrecifes, elas representam o ponto alto da cidade.
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